AVC: causas, sintomas, prevenção e tratamento
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) é a segunda doença que mais mata no Brasil e também a mais deixa pessoas incapacitadas. E pode acontecer com qualquer um, em qualquer idade, afetando a todos: sobreviventes, familiares e amigos, ambientes de trabalho e comunidades.
A prevenção pode evitar 90% dos casos. Também é importante reconhecer os sinais de alerta e o rápido tratamento de urgência, o que diminui a chance de sequelas.
O AVC é dividido em dois subtipos, o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro caso é o mais comum e se refere à obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo de uma artéria cerebral. O hemorrágico é mais grave, sendo causado pela ruptura espontânea de um vaso dentro ou ao redor do cérebro, com o vazamento de sangue no organismo. Ambos podem ocorrer em qualquer hora do dia, inclusive durante o sono.
Medidas que podem evitar o AVC:
- controle da pressão arterial
- prática de exercícios físicos moderados cinco vezes na semana
- manutenção de dieta saudável e balanceada com mais frutas e verduras e menos sal
- redução e controle do colesterol
- manutenção do peso adequado
- não fumar e evitar exposição passiva ao tabaco
- redução da ingestão de álcool
- identificação e tratamento da fibrilação atrial
- prevenção do diabetes, com acompanhamento médico
Identificação dos sintomas
A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado, além da redução de incapacidades Os sinais e sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados:
- Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo.
- Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão.
- Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples.
- Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos.
- Dores de cabeça fortes e persistentes.
- Dificuldade para engolir.
Em caso de suspeita de AVC, é muito importante levar a pessoa o mais rápido possível a um hospital especializado. O tratamento precoce pode minimizar danos, limitar complicações e prevenir o aparecimento de outros acidentes vasculares cerebrais.
Tratamento pós-AVC
O tratamento não cessa quando o paciente estiver totalmente recuperado do acidente vascular cerebral. Pelo contrário: a pessoa pode ter que ser acompanhada de perto por um fisioterapeuta para começar a reabilitação motora, por um fonoaudiólogo para orientar a fala e a deglutição, e também por uma terapeuta ocupacional, que irá ajudar a reinserir o paciente em sua rotina e atividades diárias.
Sequelas do AVC
Os problemas decorrentes de um acidente vascular cerebral costumam depender muito da gravidade e da intensidade do derrame. O tempo de demora para o atendimento e a qualidade dos cuidados médicos que o paciente recebeu também influenciam diretamente nas sequeles que ele pode vir a ter ou não.
As sequelas mais comuns são as motoras, como:
- Dificuldade para andar;
- Dificuldade para manter o equilíbrio;
- Dificuldade para realizar atividades utilizando os membros superiores, como pegar objetos e realizar atividades mais meticulosas com as mãos;
- Prejuízo definitivo na fala;
- Capacidades cognitivas do indivíduo comprometidas, como raciocínio, memória e atenção.
Qual o papel da família?
Um derrame que deixa graves consequências modifica a rotina não só da pessoa que o sofreu, mas de todos ao seu redor. È importante que os parentes se informem o máximo possível sobre como podem fazer para ajudar.
Dar suporte emocional e físico é essencial. Eles devem ajudar o paciente a conseguir viver de forma autônoma. Reorganizar ou adaptar a casa podem ser medidas importantes. É provável também que os familiares precisem estar envolvidos no tratamento, ajudando a organizar as medicações e acompanhando durante a rotina de locomoção para consultas e sessões de terapia.